O impacto de fatores hormonais na foliculite e como tratá-la

A foliculite é um daqueles incômodos de pele que muitas pessoas enfrentam em algum momento da vida, e eu não fui exceção. Quando os pelos encravam e a pele fica avermelhada, irritada e até com pequenas pústulas, a primeira reação costuma ser buscar alívio rápido. No entanto, depois de alguma pesquisa — e visitas ao dermatologista — percebi que existe algo além de má higiene ou uso de roupas apertadas: os hormônios podem ser grandes vilões nessa história. Hoje quero compartilhar com você tudo o que aprendi sobre o impacto dos fatores hormonais na foliculite e como tratá-la de forma eficaz.

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O que é foliculite e por que ela acontece

A foliculite é uma inflamação dos folículos pilosos, estruturas responsáveis pelo crescimento dos pelos. Essa inflamação pode ser superficial ou mais profunda e costuma ser causada por bactérias, fungos, vírus ou mesmo traumas físicos, como depilações agressivas ou atrito constante com roupas. No entanto, em muitos casos, especialmente em mulheres, a origem hormonal desempenha um papel essencial, mas muitas vezes negligenciado.

Como os hormônios influenciam a foliculite

Alterações hormonais, principalmente os níveis de andrógenos (como a testosterona), aumentam a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade facilita o entupimento dos folículos e o desenvolvimento de inflamações. É por isso que mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP), por exemplo, tendem a apresentar foliculite com mais frequência.

Além disso, períodos de alterações hormonais — como adolescência, gravidez, menopausa e até ciclos menstruais — podem agravar o quadro. O estresse, que influencia diretamente os níveis hormonais, também é um fator que pode contribuir para o surgimento ou piora da foliculite.

Diferença entre foliculite comum e foliculite hormonal

A foliculite comum, geralmente causada por bactérias como o Staphylococcus aureus, tende a ocorrer em áreas onde há atrito ou suor excessivo. Já a foliculite hormonal aparece com frequência nas mesmas regiões afetadas pela acne hormonal: mandíbula, pescoço, costas e peito. Outra diferença está na recorrência — enquanto a foliculite infecciosa pode ser tratada com antibióticos e dificilmente retorna, a hormonal tende a persistir ou voltar em ciclos, acompanhando o desequilíbrio hormonal.

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Sintomas que merecem atenção

A foliculite se manifesta inicialmente como pequenas bolhas vermelhas ao redor do folículo piloso. Elas podem conter pus e, em alguns casos, evoluir para furúnculos. Quando os hormônios estão envolvidos, é comum observar:

  • Maior frequência de surtos;
  • Resposta reduzida aos tratamentos tópicos convencionais;
  • Agravamento durante o período menstrual ou em situações de estresse intenso;
  • Pele oleosa com tendência à acne.

Diagnóstico: como identificar a origem hormonal

O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista, que pode indicar exames laboratoriais para avaliar os níveis hormonais. Também é comum uma investigação mais ampla para identificar SOP, alterações da tireoide ou resistência à insulina, condições que influenciam diretamente a produção hormonal. Se houver suspeita de foliculite eosinofílica — um tipo mais raro e relacionado a imunossupressão — exames mais específicos podem ser solicitados.

Tratamentos eficazes para a foliculite hormonal

1. Mudança no estilo de vida

A base do tratamento começa com mudanças de hábitos. Reduzir o consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados, praticar atividade física regular e priorizar uma boa noite de sono ajudam a equilibrar os hormônios naturalmente.

2. Tratamento dermatológico

Cremes com antibióticos, como mupirocina, e produtos com peróxido de benzoíla ou ácido salicílico podem ser utilizados para tratar as lesões. Em casos persistentes, peelings químicos, luz pulsada intensa (LIP) e laser fracionado têm mostrado bons resultados no controle da inflamação e melhora do aspecto da pele.

3. Terapia hormonal

Quando identificado um desequilíbrio hormonal, o endocrinologista pode prescrever medicamentos como anticoncepcionais hormonais, espironolactona ou metformina (em casos de SOP). É fundamental não se automedicar, já que esses tratamentos precisam ser individualizados.

4. Higiene adequada

Manter a pele limpa com sabonetes antissépticos, evitar roupas muito apertadas e não manipular as lesões são atitudes essenciais para controlar o quadro.

5. Tratamentos naturais complementares

Alguns produtos naturais, como o óleo de melaleuca (tea tree oil), podem auxiliar por sua ação antibacteriana e anti-inflamatória. Contudo, o uso deve ser sempre supervisionado para evitar irritações ou reações alérgicas.

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Prevenção: é possível evitar a foliculite hormonal?

Embora não seja possível controlar totalmente os hormônios, adotar medidas preventivas ajuda a reduzir significativamente os episódios de foliculite. Manter o equilíbrio hormonal por meio de alimentação saudável, controle do estresse e acompanhamento médico regular faz toda a diferença. Também é importante respeitar a pele: evitar depilações agressivas, usar roupas de algodão e preferir produtos de higiene com pH equilibrado.

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A foliculite pode desaparecer sozinha? Em casos leves e ocasionais, sim. No entanto, se for recorrente ou hormonal, o acompanhamento médico é essencial.

A foliculite hormonal é contagiosa? Não. Ao contrário da foliculite bacteriana, a de origem hormonal não é transmitida de pessoa para pessoa.

Existe diferença entre foliculite e acne? Sim. Apesar de semelhantes, a acne geralmente está mais relacionada à produção sebácea e afeta outras estruturas além dos folículos.

Posso usar maquiagem se estiver com foliculite? É melhor evitar, principalmente produtos comedogênicos que obstruem os poros.

A depilação a laser pode ajudar na foliculite hormonal? Sim. Ao eliminar os pelos, reduz-se o risco de encravamentos e inflamações recorrentes.

Quem tem SOP tem mais risco de foliculite? Sim. Mulheres com síndrome dos ovários policísticos produzem mais andrógenos, o que aumenta a oleosidade da pele.

Foliculite é mais comum em homens ou mulheres? Pode afetar ambos, mas os fatores hormonais tornam as mulheres mais suscetíveis em certos períodos da vida.

Cicatrizes de foliculite podem ser tratadas? Sim. Existem tratamentos como peeling, microagulhamento e laser que ajudam a suavizar as marcas.

Pomadas com corticoide ajudam na foliculite? Podem aliviar a inflamação, mas o uso prolongado deve ser evitado sem orientação médica.

O que piora a foliculite hormonal? Estresse, má alimentação, roupas apertadas, falta de higiene adequada e alterações hormonais sem controle.


Você já percebeu como fatores internos, como os hormônios, podem influenciar nossa pele? Foi um divisor de águas entender isso e buscar tratamento adequado. A foliculite, apesar de comum, pode se tornar um problema crônico e incômodo se não for cuidada com atenção — principalmente quando a causa está dentro do nosso próprio corpo. Ao adotar uma abordagem completa, que une cuidados dermatológicos, equilíbrio hormonal e mudanças no estilo de vida, é possível controlar os sintomas e recuperar a saúde e autoestima da pele.

Espero que o conteúdo sobre O impacto de fatores hormonais na foliculite e como tratá-la tenha sido de grande valia, separamos para você outros tão bom quanto na categoria Beleza e Saúde

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