Aquisição de empresas: como funciona? Quais são as vantagens e desvantagens?

Aquisição de empresas: como funciona? Quais são as vantagens e desvantagens?

O ano de tem registrado um período recorde de fusões e aquisições de empresas no Brasil, como apontou reportagem da Forbes. Segundo matéria do Monitor Mercantil, houve um aumento de 26% no número de transações em relação a 2021

Estudos publicados no PWC Brasil  indicam que, nos últimos anos, houve algumas mudanças no comportamento do consumidor que resultaram em um maior volume desses tipos de operações. 

Um dos principais motivos para a alta atividade de aquisição de empresas foi a alteração de portfólio corporativo com interesse em empresas de private equity (PE).

Por isso, é necessário entender melhor o que é aquisição de empresas e suas vantagens e desvantagens, assim como acompanhar as grandes operações realizadas no mercado recentemente. Quer saber mais? Continue a leitura e informe-se!

O que é aquisição de empresas?

O termo em inglês para fusões e aquisições é M&A (Mergers and Acquisitions). Já ouviu falar dele? Ele representa o maior tipo de operação realizada mundialmente: o de compra total ou parcial ou concentração corporativa.

Para ficar mais claro, ao longo deste texto, vamos explicar melhor esses dois conceitos, focando na aquisição de empresas e exemplos reais desse tipo de transação.

A aquisição de empresas significa exatamente ao que se refere o nome: quando uma companhia compra a outra.

Ela pode acontecer de três maneiras:

  • aquisição total: de 100% do capital votante, de toda a sociedade corporativa;
  • aquisição parcial: de 10 a 49% do capital votante;
  • aquisição de controle: mais de 50% da participação societária.

Quando há a aquisição total de outra empresa, normalmente de menor porte, há o desaparecimento legal da companhia adquirida. O que ocasiona, portanto, um investimento mais alto e um longo e complexo processo de integração.

Porém, a companhia comprada pode operar de modo independente, com maior ou menor grau dessa integração. Ela pode ou não permanecer, mas está sob nova direção.

Na aquisição não há formação de uma nova empresa. A compradora mantém sua identidade e obtém os direitos e as obrigações da organização comprada.

Há diversos motivos para comprar e vender empresas, como a intenção de expansão no mercado, mudança de portfólio, aposentadoria, entre outros.

Por isso, há ainda três classificações:

  1. horizontal: a empresa comprada fornece produtos ou serviços similares aos produzidos pela compradora;
  2. vertical: quando a companhia adquirida está à frente ou atrás na cadeia de valor;
  3. conglomerada: a organização comprada atua em um segmento diferente.

Independentemente do porte e da área de atuação do negócio, todos esses tipos de aquisição podem acontecer. Isso varia de acordo com a intenção do vendedor e do comprador.

Diferença entre fusão e aquisição de empresas

Para entender melhor o conceito de aquisição de empresas, vamos compará-lo ao de fusão e ver em quais pontos eles se diferem.

No processo de fusão as duas empresas são extintas para a formação de uma terceira empresa, com quadro societário diferente. Logo, o ato de comprar uma outra empresa é para somar forças, conhecimento e potencialidades de negócio.

Na fusão, ao contrário da aquisição de empresas, há uma reorganização corporativa para que ambas atuem juntas no mesmo mercado. 

Alguns exemplos de fusão no Brasil são a da Sadia com a Perdigão que originou a Brasil Foods (BRF) e a do Itaú com o Unibanco que formou o Itaú Unibanco.

Aquisição de empresas: vantagens e desvantagens

Há muitas vantagens na aquisição de empresas em funcionamento. A principal delas é a possibilidade de expansão e maiores chances de sucesso de forma mais fácil e rápida, sem perder eficiência durante o processo de crescimento.

Outro benefício é o menor risco. Pois a empresa comprada está consolidada no mercado e possui seus clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores. Ela já está pronta e precisa apenas de um gás para ampliar e otimizar suas operações.

Mais uma vantagem da aquisição de empresas é a possibilidade de aumentar a competitividade de ambas, ganhando poder de barganha com fornecedores, e a diversificação de produtos e serviços.

Veja mais vantagens:

  • ganho de escopo e escalabilidade;
  • compartilhamento de recursos, tecnologias e processos operacionais;
  • consolidação da marca no mercado;
  • união da carteira de clientes e de parceiros;
  • superação de crises;
  • aumento da receita;
  • redução de gastos e desperdícios;
  • maior facilidade na obtenção de empréstimos;
  • diversificação geográfica;
  • aquisição de tecnologias e patentes.

Porém, há também alguns cuidados que deve-se tomar ao adquirir empresas em funcionamento. Entenda melhor abaixo as desvantagens de aquisição de empresas.

  • Processo longo e complexo de integração das empresas e alinhamento operacional.
  • Possibilidade de resistência dos colaboradores com a nova gestão e direção.
  • Queda de produtividade enquanto as mudanças são implementadas.
  • Perda de força da marca no começo da transição.
  • Valor maior de investimento.

Devido a essas possíveis desvantagens, é necessário estudar e planejar a compra e venda de empresas. Pergunte-se, por exemplo, se a aquisição está alinhada com a estratégia da companhia e qual a probabilidade de crescimento com essa compra.

Para evitar os problemas da aquisição de empresas, é indicado contratar um assessor especializado em M&A para que realize todo o processo de forma mais profissional e eficiente, calculando o valuation ideal para ninguém perder dinheiro na transação.

Exemplos de aquisição de empresas

Para finalizar nosso texto, separamos aqui alguns exemplos reais desse tipo de transação, que mostram que ela é bastante comum no mercado brasileiro e mundial:

Percebeu que a aquisição de empresas é uma prática rotineira no mercado, não é mesmo? Por isso, precisa-se contar com profissionais experientes e especializados em fusão, aquisição e valuation para tornar o processo mais transparente, seguro e rentável para ambos os lados.

Fonte: Capital Invest, consultoria com quase 20 anos de experiência em assessoramento financeiro em compra, venda e avaliação de empresas.