Mapeamento de riscos: qual a importância para a organização e como fazer uma boa gestão de compliance?

Mapeamento de riscos: qual a importância para a organização e como fazer uma boa gestão de compliance?

É muito comum no meio corporativo que as empresas passem por uma situação de vulnerabilidade que fragilize seu potencial de sucesso. Por essa razão, o mapeamento de riscos se torna uma tática necessária para identificar problemas que possam prejudicar o andamento dos negócios.

Para que esse tipo de trabalho aconteça, é importante que a empresa analise seu modelo de trabalho e, após identificar seus processos críticos e áreas de sensibilidade, realize o mapeamento.

Mas como aplicar esse modelo estratégico na prática? Não se preocupe! Ao longo deste artigo vamos explicar o que é mapeamento de riscos, para que serve, tipos e como mudar.

O que é mapeamento de riscos?

Mapeamento de riscos é um modelo de identificação de ameaças às quais as empresas podem estar sujeitas, seja no âmbito legal, financeiro, jurídico, político, operacional, social, ambiental, entre outros.

Logo, o monitoramento de riscos é uma ferramenta que auxilia as organizações a analisar as possibilidades de prejuízo. Quando são identificados os riscos, torna-se mais fácil antecipar as consequências que possam afetar as metas.

Esse tipo de atitude faz a empresa estar à frente do problema, isto é, em vez de amenizar a situação, ela a elimina antes de existir.

Embora o mapeamento de riscos seja algo planejado pelos gestores, é importante que toda a organização se envolva na elaboração, pois o trabalho coletivo pode apresentar um diagnóstico mais claro e objetivo, proveniente da visão de todos que fazem parte do grupo.

Quais são os tipos de riscos? 

Uma empresa está sujeita a riscos de diversas naturezas. Vejamos os principais:

Risco Legal 

Acontece quando a empresa não respeita as leis e o código de conduta que regem suas operações, em consequência, leva à quebra dos termos contratuais.

O risco legal é dividido nas seguintes categorias:

  • Risco de litígio: a organização pode ser processada por atividades que prejudiquem outras pessoas;
  • Risco regulatório: problemas de ordem jurídica, como não cumprimento de mudanças na legislação;
  • Risco de fraude: insegurança jurídica nos investimentos da empresa por falta de clareza;
  • Risco tributário: não cumprimento das obrigações fiscais;
  • Risco trabalhista: processos gerados por enfermidades da legislação trabalhista.

Risco Operacional 

Oriundo de falhas ou inconsistências de processos, pessoas e sistemas, podendo ser causado por eventos externos.

Entre eles, estão atrasos nas entregas; erros e valores; danos a ativos físicos; falhas operacionais, de pessoas ou tecnológicas; interrupção de atividades, etc.

Risco de Imagem 

Corresponde ao risco reputacional, ou seja, tipo que pode prejudicar a imagem da empresa junto a fornecedores, parceiros, clientes, investidores, e a sociedade de modo geral.

A reputação é um elemento imprescindível para a concretização dos negócios, isso porque uma imagem errada gera perda de clientes, de receita, desmotiva os profissionais envolvidos e até se tornam problemas judiciais, o que acarreta o fechamento da empresa.

O que é compliance? 

Diante disso, podemos associar o mapeamento de riscos ao termo compliance.

Compliance, que vem do inglês to comply (estar em conformidade), é visto no ramo organizacional como a realização de atividades de acordo como as normas na legislação.

Para que a empresa estabeleça uma política de compliance, ela deve estar ciente não somente sobre a natureza do negócio, como tudo que a envolve sob vigência das normas estabelecidas.

O resultado de um bom plano elaborado de compliance tem benefícios como o aumento de credibilidade perante os fornecedores, investidores, clientes e parceiros, redução de custos, aumento de lucratividade e fortalecimento na produtividade, como qualidade de produtos e serviços disponíveis.

Como fazer uma boa gestão de riscos?

Uma ideal gestão de riscos em compliance começa com o mapeamento de riscos e, neste caso, muitas empresas usam ferramentas, como a da Linkana, úteis para realizar a qualificação de fornecedores e combater os riscos de parceiros inadequados. 

No entanto, na prática, você pode começar fazendo entrevistas com os colaboradores individualmente e depois com os gestores de cada departamento para coletar o máximo de informações.

O segundo passo é implementar controles internos para monitorar cada tipo de risco.

O mapeamento de riscos em compliance deve integrar uma metodologia que integre os tipos de riscos e tudo o que os permeiam. Somente assim é possível conquistar informações claras que irão fortalecer o programa de compliance, assim, otimizando os processos da organização.

Gestão de riscos em compliance é a solução certa?

Como percebemos ao longo deste artigo, qualquer empresa corre riscos, o que diferencia uma da outra é o modo de lidar com possíveis contratempos.

O monitoramento de riscos é, portanto, é um procedimento que determina a tolerância de uma empresa ao risco, analisa seus pontos mais frágeis e busca maneiras de transformar os problemas em soluções.

Nesse sentido, é fundamental a companhia perceber que dificilmente conseguirá reverter uma situação grave sem um mapeamento de riscos. 

Os gestores devem estar cientes de que lidar com os riscos não é somente obedecer às regras, e sim, uma ferramenta para aperfeiçoar as estratégias de crescimento da organização.

Por essa razão que a gestão de risco em compliance é a solução mais viável que, desde o início, faz com que todos os integrantes da empresa respeitem o código de conduta.

Este post foi escrito especialmente para o blog Ponto e Contra Ponto e é uma iniciativa da Linkana de apresentar como implementar o mapeamento de riscos na sua empresa