Quando a mamografia deve ser feita?

Quando a mamografia deve ser feita?

A mamografia é um tipo de exame de imagem usado para examinar a região interna das mamas, ou seja, o tecido mamário, com o intuito de identificar alterações que possam indicar o desenvolvimento de câncer de mama.

Este exame de mamografia é, geralmente, recomendado para mulheres com mais de 40 anos, mas mulheres com menos de 35 anos que têm um histórico familiar de câncer de mama também devem realizá-lo.

Usando a análise dos resultados BI-RADS, o mastologista será capaz de identificar lesões benignas que não requerem tratamento, mas ele também poderá detectar pequenas mudanças que poderiam ser o primeiro indício de câncer.

Continue lendo este conteúdo para entender melhor quando a mamografia deve ser feita.

Como é feita a mamografia?

Este é um exame simples que pode causar desconforto para a paciente. Isso ocorre porque se coloca a mama em uma máquina que aplica pressão sobre ela, para obter uma imagem mais detalhada do tecido mamário.

Conforme for o tamanho da mama e da densidade do tecido, o tempo de compressão pode variar de mulher para mulher, tornando-o mais ou menos desconfortável ou doloroso

Qual o preparo necessário?

Para realizar uma mamografia, não é preciso ter preparações especiais; no entanto, o ideal é que a mulher evite usar desodorante, talco ou cremes na região peitoral e nas axilas para não interferir nos resultados.

Além disso, recomenda-se que o exame não seja feito dias antes da menstruação, porque as mamas ficam mais sensíveis durante este tempo, potencialmente causando mais desconforto.

Qual a idade certa para começar a fazer mamografia?

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) do Ministério da Saúde, as mulheres devem começar a mamografia aos 50 anos e a cada dois anos após isso.

A mamografia de rastreamento é um exame de rotina em mulheres sem sintomas de câncer de mama, recomendado a cada dois anos entre as idades de 50 e 69. Fora desta idade e periodicidade, os riscos são maiores e há mais incerteza sobre os benefícios.

A mamografia possibilita uma melhor identificação das lesões mamárias em mulheres após a menopausa. Antes desse período, as mamas tendem a ser mais densas e a sensibilidade da mamografia é reduzida.

Ocorrendo uma quantidade maior de resultados falso-negativos (resultados negativos para câncer em pacientes com câncer) e resultados falso-positivos (resultados positivos para câncer em pacientes sem câncer), além de ter uma exposição desnecessária à radiação.

Já o Ministério da Saúde aconselha contra rastreamento mamográfico em mulheres com idade inferior 50 (forte contra-recomendação: os riscos superam os benefícios). Como resultado, os principais diretrizes e programas de rastreamento do mundo não recomendam rastreamento para mulheres com menos que essa idade.

Rastreamento com mamografia, mesmo na idade recomendada, envolve riscos que devem ser conhecidos pelas mulheres. Além de resultados falso-positivos e falso-negativos, o rastreamento é capaz de detectar cânceres de comportamento indolente.

Estes não colocariam em perigo a vida de uma mulher e acabam sendo tratados (sobrediagnóstico e tratamento excessivo), expondo-a a riscos e danos. As mulheres devem ser educadas sobre os riscos e benefícios do rastreamento mamográfico para que possam tomar decisões sobre a realização dos exames de rotina.

Há alguma contraindicação?

Mamografia é um tipo de radiografia que usa raios X para gerar imagens. Não é novidade que a exposição excessiva aos raios x pode aumentar o risco de qualquer tipo de câncer.

Apesar do fato de que a quantidade de radiação liberada durante uma mamografia seja baixa, é importante aderir à idade mínima para o exame e as recomendações médicas.

Não é aconselhável que mulheres jovens se submetam a este tipo de exame porque suas mamas são mais densas, necessitando uma maior quantidade de radiação para obter imagens mais detalhadas.

A mamografia, assim como qualquer outro exame que use radiação, não é ideal para mulheres grávidas, pois a radiação pode interferir na formação do bebê.

Porém, apesar das contraindicações, tanto mulheres grávidas e mulheres acima de 40 anos que têm suspeitas de câncer de mama podem fazer o teste se um médico responsável o recomendar.

No caso de futuras mães, é preciso tomar algumas precauções, como o uso de um protetor chumbo no abdômen para proteger o feto.

Vale lembrar que às pacientes que usam próteses de silicone que elas tornam os exames mais difíceis porque não são transparentes e muitas vezes usadas acima do músculo mamário.

Resultados possíveis do exame

Em casos raros, o médico pode descobrir alguns resultados incorretos ao analisar um exame de mamografia. Tecidos densos podem ocultar nódulos que não são visíveis durante o exame, assim surge o termo “falso negativo”.

De acordo com os Annals of Internal Medicine, o resultado falso negativo ocorre em cerca de 10% dos casos. Além disso, alguns cânceres agressivos podem passar despercebidos, resultando em desfechos desfavoráveis.

Segundo a organização, 7% a 9% dos exames podem detectar doenças que não existem, uma condição que os médicos referem como um falso positivo.

Esses números enfatizam o quão essencial é o monitoramento clínico e observação do histórico do paciente.

O laudo da mamografia frequentemente adere às recomendações globais e critérios de classificação, como os do Sistema de Relatórios de Imagens da Mama e Sistema de dados (BI-RARDS).

O uso da classificação BI-RARDS permite que o resultado de uma mamografia feita no Brasil, por exemplo, seja entendida em qualquer outra área do mundo.

A mamografia é cara?

Quando uma mulher está sendo acompanhada pelo SUS, ela pode fazer uma mamografia grátis. No entanto, este exame pode ser feito por qualquer plano de saúde.

Além disso, se uma pessoa não possuir um plano de saúde, há laboratórios e clínicas que fornecem esse tipo de exame de modo pago

Conclusão

Como você pôde ver neste conteúdo, a partir dos 40 anos as mulheres devem começar a fazer um exame de mamografia. Quanto mais rápido o câncer for descoberto, maiores serão as chances de se curar da doença.

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