Tipos de exames que utilizam radiação

Tipos de exames que utilizam radiação

O uso da radiação na medicina nuclear proporcionou grandes avanços para diagnosticar e tratar uma série de doenças. Um dos maiores destaques é para os pacientes com câncer, que agora tem chances verdadeiras de remissão e até cura da doença.

No entanto, este assunto ainda desperta diversas dúvidas, caso queira saber mais sobre essa e outras aplicações da radiologia no campo da saúde, basta continuar a leitura!

Uso da radiação na medicina

Antes de entrarmos no assunto sobre a radiação em si, seria bom entender mais sobre o seu conceito amplo. De modo geral, a radiação surge quando uma fonte emite energia, ao se propagar pelo espaço e é capaz de penetrar em materiais.

As radiações são ondas eletromagnéticas ou partículas e, dessa forma, possuem carga elétrica e magnética. Elas podem ser tanto naturais, quanto criadas através de dispositivos.

No dia a dia, é comum se deparar com as ondas eletromagnéticas, que são emitidas por:

  • Luz;
  • Ondas de rádio;
  • Micro-ondas;
  • Raio X;
  • Radiação gama;
  • Entre outros.

Ao passo que, as radiações alfa, beta, feixes de prótons e elétrons são alguns dos exemplos de radiações em formato de partículas. Durante as últimas décadas, muitas pessoas passaram a temer as fontes de radiação, em decorrência do acidente nuclear de Chernobyl e a exposição ao Césio 137, em Goiânia.

Esses acidentes foram causados após a liberação de elementos radioativos sem medidas para controlá-los. O que levou à maior exposição das pessoas, ocasionando em deformações e mortes.

Mas, não há como negar que a radiação gerou muitas contribuições para o diagnóstico e tratamentos de doenças. O que se deve fazer é usar de modo controlado as radiações, com o objetivo de fornecer benefícios à saúde das pessoas, não o contrário.

Princípios básicos da medicina nuclear

Mas o que a radiação tem a ver com a medicina nuclear? Bem, em linhas gerais, a medicina nuclear faz uso de materiais radioativos para diagnosticar doenças e tratar os pacientes.

Através de substâncias com pouquíssimas quantidades de radiação, chamadas de radiofármacos, essa especialidade oferece suporte a várias outras áreas, como:

  • Cardiologia;
  • Hematologia;
  • Neurologia;
  • Entre outras áreas.

Apesar da radiografia e medicina nuclear fazerem parte do mesmo campo, que é a radiologia, ambos possuem princípios diferentes. Isto é, o foco central da radiografia são as características anatômicas, enquanto a medicina nuclear foca nos órgãos e sistemas e como funcionam.

Um de seus usos mais populares é para detalhamento do câncer, assim pode-se determinar qual é o tipo e extensão de tumores. Com base nesses dados, os profissionais poderão tomar decisões mais assertivas a respeito do melhor tratamento e para aliviar os sintomas.

A medicina nuclear também pode diagnosticar outras doenças, como:

  • Embolia pulmonar;
  • Infecções agudas;
  • Infarto do miocárdio.

Além disso, existem alguns radiofármacos que são úteis para combater dores nos ossos, hipertireoidismo ou para tratar o câncer na tireoide.

 

Quais são os tipos de radiações usados pela medicina nuclear?

Há radiações de diferentes tipos e, uma das classificações principais separa elas em ionizantes e não ionizantes. As não ionizantes contam com um menor nível de energia, assim apresentam menos riscos.

Fontes de radiação não ionizantes são as já citadas, como luz, micro-ondas, calor e das ondas de rádio. Ao passo que, as radiações ionizantes são originárias nos núcleos dos átomos e possuem uma grande quantia de energia.

Elas podem provocar a perda de elétrons e alterar o estado físico dos átomos, em um processo chamado de ionização. Um bom exemplo de radiação ionizante são os famosos raios X.

A medicina nuclear faz uso das radiações alfa, beta e gama. Veja logo abaixo um pouco mais sobre cada uma delas.

Partícula Beta

Essa é a partícula correspondente do elétron que o núcleo de um átomo instável emite. Por sua vez, o elétron é uma das partículas que integram o átomo e possui uma carga elétrica negativa.

As beta contam com grande velocidade (cerca de 270.000 km/s), porém, sua capacidade de penetrar no tecido humano é de cerca de 1 cm. Ou seja, essa partícula poderá causar danos superficiais à pele, só não aos órgãos, caso não seja ingerida ou aspirada pelo paciente.

Partícula Alfa

Alfa se forma a partir de duas partículas subatômicas positivas (prótons) e duas neutras (nêutrons). Sua massa e carga elétrica são maiores que as partículas beta, contido alcança uma velocidade menor, por volta de 20.000 km/s.

Sendo assim, sua capacidade para penetrar é baixa, não chega a ultrapassar a camada externa de células mortas acima da pele.

Radiação Gama

Após emitir uma partícula alfa ou beta, o núcleo instável de um átomo produz ondas eletromagnéticas que integram a radiação gama. Da mesma forma que os raios X, os raios gama possuem alta velocidade, podendo chegar a 300.000 km/s.

Logo, apresentam maior poder de penetração em diferentes materiais, o que inclui o corpo humano também.

Benefícios do uso da radiação na medicina

Desde que os profissionais descobriram a utilidade das radiações ionizantes, é possível obter imagens internas do organismo, sem precisar fazer uma cirurgia exploratória.

O que pôde preservar uma série de vidas ao longo de todos esses anos, já que os riscos de uma operação são maiores do que os de testes radiológicos. Monitorar e tratar as doenças de um jeito menos invasivo são outras das vantagens da radiação na área médica.

Riscos do uso da radiação na medicina

Quando a exposição é baixa, não há efeitos colaterais graves da radiação. O que pôde haver é uma leve alergia ou pequena vermelhidão na área exposta aos rádios e partículas.

No entanto, o lado negativo é que existe um efeito cumulativo. O que significa que, ao passar por vários períodos de exposição, a radiação poderá mudar o DNA das células, o que aumenta os riscos de desenvolver certas doenças, como o câncer.

Esses riscos levaram algumas instituições, como a OMS e o Ministério da Saúde, a alertar as pessoas sobre os perigos. No entanto, na maioria das vezes, é melhor fazer exames e tratamentos com radiação ao invés de outros procedimentos.

Veja logo abaixo quais são os tipos de exames mais comuns nesse campo:

  • Radiografia de raio X;
  • Mamografia.
  • Tomografia computadorizada;
  • Cintilografia;
  • Ressonância magnética nuclear.

Conclusão

Como você pôde ver, a radiação e medicina nuclear são importantes para diagnosticar e tratar doenças. Gostou do conteúdo? Não esqueça de compartilhar com os amigos e conferir outros posts em nosso blog!